Gim Argello teria recebido repasse dos R$ 2,2 milhões sacados pelo senador
Sônia Filgueiras, do Estadão
BRASÍLIA - O Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Civil investigam relatos de que Gim Argello (PTB-DF) teria recebido R$ 500 mil dos R$ 2,2 milhões sacados do cheque repassado pelo empresário Nenê Constantino ao ex-senador Joaquim Roriz, de quem é suplente.
Segundo os relatos, o dinheiro teria sido entregue a Argello por Valério Neves Campos, assessor de Roriz, no pátio da Nely Transportes, cujo dono é ligado ao ex-senador. O suplente teria sido portador da parte destinada ao ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin, preso na Operação Aquarela. E teria feito a entrega junto com André Campos do Amaral, ex-advogado do BRB e do deputado distrital Pedro Passos e atual defensor de Franklin em algumas causas. Roriz tem dito que usou R$ 371 mil para comprar uma bezerra e devolveu o restante a Constantino.
Por meio de sua assessoria, Argello nega ter recebido qualquer valor referente ao cheque, diz que os relatos são inverossímeis e garante que não conhece Amaral. O advogado também nega: “Apertei a mão de Gim Argello duas ou três vezes em toda a minha vida e ele com certeza nem se lembra de mim. Essa história é absurda. Soube desse episódio dos R$ 2,2 milhões pelos jornais”, afirma.
Os investigadores estão checando todos os telefonemas feitos logo antes e logo depois de 13 de março, quando o cheque foi descontado. Os levantamentos apontariam que Franklin teria jantado com Amaral na noite do mesmo dia 13. O advogado diz que não se recorda.
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