SANAA (Reuters) - O Iêmen disse que sete turistas espanhóis e dois iemenitas foram mortos na segunda-feira por um carro-bomba supostamente detonado pela Al Qaeda junto ao grupo na província de Marib.
Outros seis turistas espanhóis ficaram feridos e foram levados a hospitais de Sanaa e Marib, cerca de 150 quilômetros a leste da capital do Iêmen, disse uma fonte do Ministério do Interior à agência oficial de notícias Saba.
"Informações preliminares indicam que a Al Qaeda está por trás desse covarde ataque terrorista", disse a fonte.
Os turistas foram atacados por volta de 17h30 (11h30 em Brasília), depois que seus veículos deixaram um templo em Marib, segundo a fonte. Dois dos iemenitas que serviam de motoristas e guias foram mortos, e os outros dois ficaram feridos.
"Os órgãos de segurança não vão poupar esforços para localizar os elementos terroristas por trás deste ato criminoso e apresentá-los à Justiça para uma punição", disse a fonte.
Outras fontes haviam dito antes à Reuters que o ataque se segue a uma declaração feita na semana passada pela Al Qaeda exigindo a libertação de alguns de seus militantes detidos no Iêmen e alertando para ações não-especificadas.
O chanceler espanhol, Miguel Angel Moratinos, disse que os turistas estavam acompanhados de seguranças iemenitas ao sofrerem o atentado, na saída do templo da rainha de Sabá.
"O comboio em que eles viajavam era composto por quatro veículos com seguranças iemenitas na frente e atrás", disse ele a jornalistas.
"Um carro (guiado por um) suicida se jogou contra os dois veículos centrais, causando a morte de sete turistas e ferindo seis, um deles gravemente."
Moradores disseram que partes de corpos foram espalhadas entre os destroços carbonizados dos veículos usados pelos espanhóis. Um morador disse que a explosão foi muito forte e pôde ser ouvida a vários quilômetros.
As medidas de segurança em locais turísticos foram reforçadas depois do atentado, segundo uma fonte oficial. Outra autoridade declarou que o homem-bomba poderia ser um dos 13 militantes da Al Qaeda que fugiram de uma prisão em 2006.
O Iêmen é onde o militante de origem saudita Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, tem suas raízes familiares. O país se aliou a Washington depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, e há anos enfrenta militantes islâmicos.
As fontes de segurança disseram que a Al Qaeda também exigiu que o Iêmen reconsidere sua cooperação com os norte-americanos.
(Reportagem adicional de Raquel Castillo e Emma Pinedo em Madri)
Nenhum comentário:
Postar um comentário