As forças de segurança do Afeganistão cercaram hoje a zona onde os talibãs afegãos mantêm sequestrados 23 missionários evangelistas sul-coreanos, mas descartam ainda a possibilidade de lançar uma ofensiva, afirmou hoje fonte oficial do ministério de Defesa afegão.
O porta-voz do ministério de Defesa afegão, o general Zahir Azimi, afirmou em declarações à EFE que o exército afegão, a polícia e os serviços de informações do Afeganistão sitiaram os talibãs na localidade de Qarabagh, na província de Ghazni (140 quilómetros a sul da capital Cabul).
No entanto, o porta-voz explicou que, «de momento ainda se descarta a possibilidade de lançar uma ofensiva», uma vez que as autoridades afegãs «esperam pela chegada da delegação sul-coreana para decidir a forma de actuar».
A chegada desta delegação sul-coreana a Cabul, que procura obter a libertação do grupo de missionários e missionárias evangelistas sequestrados desde quinta-feira, a cerca de 140 quilómetros a sul de Cabul, estava prevista para hoje de manhã.
A delegação, chefiada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Cho Jung-Pyo, deverá reunir-se à tarde com as autoridades afegãs para tentar encontrar uma forma de negociação com os islamistas, indicou uma fonte em Seul.
Perante as exigências dos islamistas, o Governo de Seul já tinha anunciado, sábado, que não aceleraria a retirada do contingente de 200 soldados sul-coreanos, previsto para o final de 2007, apesar do rapto dos missionários.
O governo da Coreia do Sul realizou hoje uma reunião de crise com responsáveis dos serviços de segurança consagrada à questão dos reféns sul-coreanos, entre os quais 18 mulheres, que os talibãs ameaçam executar, informou fonte oficial.
O porta-voz dos islamistas, que sábado anunciou a execução de dois cidadãos alemães, Qari Yousef Ahmadi anunciou que o prazo dado às autoridades afegãs para libertarem 23 talibãs cativos em prisões no Afeganistão em troca dos 23 reféns sul-coreanos acaba às 14:30 TMG de hoje (15:30 em Lisboa).
Diário Digital / Lusa
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