O Brasil está atualmente na 15ª posição na lista de países que mais publicam artigos científicos no mundo: foram 16.872 no ano passado, ou 1,92% da produção global. O número representa um crescimento de quase 7% em relação a 2005 e de 33% na comparação com 2004. Com isso, o País ultrapassou a Suécia e a Suíça e começa a ameaçar a Rússia, que por sua vez apresentou uma queda significativa na área, de quase 17% no ano passado na comparação com 2005.
Apesar de a produção científica nacional caminhar atualmente em uma linha ascendente, esse resultado era esperado pelo governo apenas em 2008. Para o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães, entre os motivos que explicam o salto está a avaliação mais rigorosa de cursos como Psicologia e Psiquiatria (que publicou 70% mais no período de 2004 a 2006, em relação a 2001-2003), Ciências Sociais (52% a mais) e Medicina (incremento de 47%).
O sistema de avaliação condiciona a manutenção da bolsa de estudo à produtividade apresentada pelo pesquisador, medida pela publicação de artigos em revistas científicas indexadas - ou seja, com um certo grau atestado de qualidade -, entre outros requisitos. O critério é criticado por parte da comunidade científica, pois cria uma pressão para que o cientista publique rapidamente resultados de seu trabalho.?
Tem gente que acha que não se deve avaliar (a produção científica). Não podemos exagerar, é verdade, mas como um estudante entra no mundo competitivo? Se expondo?, afirma Guimarães. O presidente da Capes diz que novos indicadores de qualidade começam a ser discutidos internamente, mas que ainda não serão incorporados pela instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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