Shim Sung-min, de 29 anos, é o segundo refém morto dos talibãs.O grupo capturou 23 sul-coreanos em 19 de julho entre Cabul e Kandahar.
As autoridades afegãs encontraram nesta terça-feira (31) o corpo do refém sul-coreano executado a tiros pelos talibãs. Ele fazia parte do grupo de 23 pessoas seqüestradas há doze dias no Afeganistão.
Shim Sung-min, de 29 anos, é o segundo refém sul-coreano assassinado, depois do pastor Bae Hyung-kyu, de 42 anos, na quarta-feira passada (25).
O corpo de Sung-min foi encontrado na área de Orzo, leste da província de Ghazni e será levado a Cabul, segundo o chefe da polícia provincial, Alishah Ahmadzai.
Os talibãs ainda mantêm 21 sul-coreanos em cativeiro. Eles anunciaram ontem à noite a execução do segundo refém como resposta ao “fracasso” das negociações com o Governo.
Os seqüestradores exigiam a libertação de oito presos insurgentes em troca dos reféns sul-coreanos. Mas, segundo um porta-voz rebelde, o Executivo afegão não respondeu “positivamente” à reivindicação.
Após anunciar o assassinato do refém, o porta-voz avisou que, se o governo não libertar os presos, “a vida dos outros coreanos estará em perigo”.
Os sul-coreanos, todos voluntários cristãos, foram capturados no dia 19 na província de Ghazni. O seqüestro é o maior de um grupo de estrangeiros no Afeganistão desde a queda do regime talibã, em 2001.
Ultimato
Os talibãs deram como prazo esta quarta-feira, às 4h30 (horário de Brasília), para que o governo do Afeganistão liberte oito de seus prisioneiros em troca dos 21 sul-coreanos seqüestrados, caso contrário "serão executados mais reféns".
"A delegação do Governo nos pediu mais tempo, portanto damos até as 12h de amanhã (4h30 de Brasília). Assim, Cabul e Seul terão tempo para nos dar uma resposta", disse à agência EFE por telefone o porta-voz talibã Youssef Ahmadi.
Os reféns, a maioria jovens, entre 20 e 35 anos, foram capturados no dia 19 de julho entre Cabul e Kandahar e estão divididos em pequenos grupos em diferentes lugares do distrito de Qarabagh, segundo as autoridades afegãs. Os insurgentes afirmam por sua vez tê-los separado e distribuído por três províncias.
Os talibãs também mantêm em cativeiro um alemão há 13 dias.
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