sábado, 14 de julho de 2007

Tradutor iraquiano da Reuters morre baleado em Bagdá

Agência de notícias perde terceiro colaborador em menos de uma semana no Iraque


Efe e Reuters


LONDRES - Um iraquiano que trabalhava como tradutor para Reuters morreu baleado em Bagdá, com o que são já três os trabalhadores iraquianos da empresa de comunicação assassinados esta semana na capital, informou neste sábado, 14, a agência de notícias.


A vítima, cujo nome não foi divulgado por expresso desejo da família, tinha 30 anos e foi assassinado na quarta-feira junto com dois de seus irmãos quando circulavam em carro cerca da ponte Diyala na capital iraquiana, uma área onde operam milicianos xiitas e sunitas.


Segundo a agência, que cita fontes da família, o assassinato parece ser uma das dezenas de execuções sectárias perpetradas diariamente em Bagdá apesar da forte presença de soldados americanos e agentes das Forças de Segurança iraquianas na cidade.


A morte do tradutor se soma às de um fotógrafo iraquiano da agência, Namir Nuredin, de 22 anos, e seu motorista, Said Shamag, de 40 anos e da mesma nacionalidade, que morreram na quinta-feira nos confrontos entre o Exército americano e insurgentes na capital iraquiana.


O fótógrafo morreu quando cobria os violentos combates de quinta entre soldados americanos e milicianos xiitas do Exército Mehdi no bairro de Al-Amin, em Bagdá.


A Reuters já perdeu nove profissionais e colaboradores desde março de 2003, data do início da ocupação do país por tropas americanas e britânicas.


Pelo menos 149 jornalistas e assistentes de mídia foram mortos no Iraque desde a invasão liderada pelos EUA em 2003, de acordo com estimativas do Comitê para Proteger Jornalistas, de Nova York. A grande maioria dos mortos é composta por iraquianos.

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