Inspectores da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) confirmaram hoje o encerramento do reactor nuclear de Yongbyon, Coreia do Norte, a medida mais significativa em anos para acabar com o programa atómico de Pyongyang.
No fim de semana, a Coreia do Norte anunciou o encerramento daquele reactor nuclear, depois de ter recebido o primeiro carregamento de 6.200 toneladas de combustível fornecido pela Coreia do Sul, no âmbito de um acordo de troca de energia pelo desarmamento, alcançado em Fevereiro.
«O reactor foi encerrado», disse o director da AIEA, Mohamed ElBaradei, a jornalistas em Banguecoque, acrescentando: «É um passo muito importante que estamos a dar nesta semana, mas o caminho é longo».
O próximo passo será verificar que a Coreia do Norte fechou outras instalações em Yongbyon, que incluem uma central para fabricar plutónio.
ElBaradei disse que levará cerca de um mês para a equipa da AIEA, que chegou à Coreia do Norte no sábado, instalar lacres e equipamento de monitorização para garantir que Pyongyang manterá o reactor fechado. A Coreia do Sul enviou hoje um segundo carregamento de 7.500 toneladas de combustível para a Coreia do Norte, disse uma autoridade do Ministério da Unificação.
Nos termos do acordo de 13 de Fevereiro entre as duas Coreias, os EUA, o Japão, a Rússia e a China, Pyongyang receberá 50 mil toneladas de combustível em troca da suspensão das operações nas instalações nucleares, seguida pela desactivação.
A Coreia do Norte receberá mais 950 mil toneladas de combustível, garantias de segurança e maior abertura ao comércio internacional se abandonar totalmente o programa nuclear -- considerado uma das maiores ameaças à segurança da Ásia.
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