quinta-feira, 5 de julho de 2007

Austrália reconhece que está no Iraque por causa do petróleo

A Austrália reconheceu hoje pela primeira vez que a segurança do fornecimento de petróleo é um dos principais factores para a sua presença no Iraque, revelou um relatório do ministério da Defesa.

«A actualização da nossa estratégia de defesa, que publicamos hoje, define uma série de prioridades para a defesa e a segurança da Austrália, e a segurança dos recursos é uma delas», declarou o ministro da Defesa, Brendan Nelson, ao canal de televisão ABC.

«O Médio Oriente, e não apenas o Iraque, é um importante fornecedor de energia, petróleo em particular, para o resto do mundo», acrescentou o ministro, salientando que «qualquer retirada prematura do Iraque deveria ser objecto de reflexão».

A Austrália, cujo primeiro-ministro, o conservador John Howard, é um firme aliado do presidente norte-americano, George W. Bush, participou na invasão do Iraque em 2003, onde permanece um total de 1.575 soldados australianos.

Citando outros motivos como a violência entre sunitas e xiitas e a luta contra o terrorismo, Nelson prosseguiu: «Por todas estas razões, entre as quais a segurança energética (...) interessa-nos garantir que deixamos o Médio Oriente, e o Iraque em particular, numa situação de segurança duradoura».

O ministro da Defesa confirmou que os soldados australianos permanecerão no Iraque pelo tempo que for considerado necessário e que as eleições legislativas no fim do ano na Austrália não influenciarão esta posição.

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