da Efe, em Estocolmo
A Real Academia de Ciências da Suécia decidiu neste ano dar o Prêmio Nobel de Química ao pesquisador alemão Gerhard Ertl, cujos estudos dos processos químicos sobre superfícies sólidas são determinantes em campos industriais, como, por exemplo, o automotivo.
Erti, que hoje comemora seu 71º aniversário, foi um dos primeiros químicos a aproveitar as tecnologias utilizadas principalmente na indústria de semicondutores ao desenvolver um método para a química de superfícies que estabeleceu as bases para posteriores avanços neste campo.
Segundo a academia, estes métodos são de especial relevância na indústria química e ajudam a compreender processos tão diferentes como a oxidação do ferro, o funcionamento das células de combustão e o do catalisador no automóvel.
Através desta especialidade química pode-se explicar a destruição da camada de ozônio, pois alguns dos processos determinantes desta reação ocorrem na superfície dos pequenos cristais de gelo na estratosfera.
A indústria dos semicondutores também é um campo que depende da química das superfícies.
Perfil
Ertl nasceu em Bad Cannstatt, fez doutorado na Universidade Técnica de Munique, em 1965, e foi professor de Química e de Física em universidades da Alemanha e dos Estados Unidos.
2004 ele é professor emérito do Instituto Fritz-Haver da Sociedade Max-Planck de Berlim.
O pesquisador foi o segundo alemão a ser premiado este ano com um Nobel, depois de Peter Grünberg, que na terça-feira ganhou o de Física, junto ao francês Albert Fert.
No ano passado, o Nobel de Química foi para o americano Roger D. Kronberg por suas pesquisas no campo da genética.
O Nobel de Química concede 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,7 milhões) e será entregue junto aos outros prêmios em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.
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