SÃO PAULO, 11 de outubro de 2007 - As áreas de metais e celulose e papel concentram a maior parte dos aportes. O Grupo V
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SÃO PAULO, 11 de outubro de 2007 - As áreas de metais e celulose e papel concentram a maior parte dos aportes. O Grupo Votorantim anunciou ontem durante reunião de executivos da empresa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que investirá R$ 25,7 bilhões na expansão de suas operações do setor industrial no Brasil entre 2008 e 2012. Faz parte da conta da empresa investimentos já anunciados e novos valores previstos. O valor corresponde a um aumento de 35,2% em relação aos R$ 19 bilhões aplicados entre 2002 e 2007, informou a empresa, destacando que somente no ano que vem devem ser investidos R$ 8,8 bilhões.
O maior volume será direcionado para as divisões de metais - responsáveis por operações nas área de alumínio, zinco, níquel e aço -, que receberão investimentos de R$ 11,1 bilhões. O setor de celulose e papel terá outros R$ 9,6 bilhões e cimentos receberá R$ 2,1 bilhões para expandir a capacidade de produção no País. Para garantir a expansão das operações, o grupo também vai investir R$ 2 bilhões em geração de energia elétrica. Os R$ 900 milhões restantes serão aplicados na operação de sucos de laranja.
"A ampliação dos negócios reflete esse nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país", disse o presidente do conselho de administração da Votorantim Participações, Carlos Ermírio de Moraes, em declaração enviada à imprensa. O executivo, juntamente com José Roberto Ermírio de Moraes, presidente da Votorantim Industrial, e Raul Calfat, diretor geral da Votorantim Industrial, esteve no encontro com Lula.
No setor de metais, os destaques são os projetos em níquel, que totalizam R$ 2,4 bilhões, entre as unidades de ferro-níquel em Niquelândia (GO) e de Montes Claros de Goiás, que produzirão juntas um total de 35,6 mil toneladas de níquel contido por ano, e a segunda usina siderúrgica da empresa no País, que será instalada em Resende (RJ) e receberá R$ 1 bilhão para produzir 1 milhão de toneladas por ano. Estão também considerados novos recursos para a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), além de investimentos em outros metais como chumbo e índio.
Para o setor de cimentos, estão destinados R$ 2,1 bilhões, que devem gerar um incremento na capacidade produtiva de 8 milhões de toneladas anuais no Brasil. Em agosto, a empresa havia anunciado investimentos de R$ 1,6 bilhão até 2010 em três novas fábricas integradas, cinco novas unidades de moagem, uma reativação, duas expansões e cinco novas unidades de argamassa.
Segundo uma fonte da companhia, além das fábricas já anunciadas, também está prevista uma unidade em Porto Velho (Rondônia) para a produção superior de 1 milhão de toneladas/ano de cimento. O objetivo é atender a demanda por cimento das usinas hidrelétricas que serão construídas no Rio Madeira. Um protocolo de intenções com o estado de Rondônia já foi assinado e a empresa já adquiriu jazidas de calcário. No total, serão investidos na unidade cerca de R$ 300 milhões.
Na área de celulose e papel, a intenção da empresa é triplicar a produção de celulose em cinco anos. A companhia destacou na reunião com o presidente da República a fábrica em Mato Grosso do Sul, no qual vão ser investidos R$ 4,7 bilhões até 2009, quando entra em operação capacidade de 1,3 milhões de toneladas, e na fábrica de Pelotas (RS), em que serão aplicados R$ 4,4 bilhões para uma produção estimada também em 1,3 milhão de toneladas anuais.
No setor de energia, no qual a empresa já possui 31 usinas hidrelétricas e 4 termelétricas, serão investido R$ 2 bilhões em nove novos projetos. O grupo, que atualmente gera mais de 60% da energia utilizada em suas unidades industriais, ou 1,5 mil megawatts (MW), quer ampliar sua capacidade instalada em 1,1 mil MW, aumentando a capacidade de geração para 70% do consumo da companhia.
(Colaborou Iolanda Nascimento) (Luciana Collet - Gazeta Mercantil)
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