quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Nota da Cisco procura minimizar impacto de prisões de diretores

Em comunicado divulgado ao mercado nesta quarta-feira (17/10), a Cisco admite que funcionários da empresa foram detidos durante a Operação Persona, deflagrada na madrugada de terça-feira pela Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, para desarticular um suposto esquema de fraude no comércio exterior e que prendeu 40 executivos, envolvendo dirigentes da subsidiária brasileira e da distribuidora Mude.

No texto, a multinacional americana procura minimizar o impacto das prisões ao dizer que "um pequeno número de funcionários foi detido". Entre os funcionários estão Pedro Ripper, presidente da Cisco no Brasil, Carlos Carnevali, ex-presidente na América Latina, Carlos Carnevali Jr., gerente para desenvolvimento de negócios na América Latina, e Marco Sena, diretor de canais.

Oficialmente a PF não confirma o nome dos funcionários presos durante a Operação Persona, que mobilizou ontem 650 agentes da PF, Receita Federal e Ministério Público Federal. Mas a reportagem de TI INSIDE Online apurou junto a uma fonte ligada às investigações que os executivos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.

A nota informa que o suposto esquema de sonegação de impostos envolve um revendedor da empresa no Brasil, sem citar explicitamente a Mude. “De acordo com relatórios oficiais, a questão envolve um grupo de empresas brasileiras, pelos menos uma delas é um revendedor da Cisco no Brasil”, diz um trecho do comunicado, para mais adiante enfatizar que a companhia não possui operações de vendas diretas no Brasil. “Pelo contrário, nós vendemos nossos produtos através de parceiros diretos (Tier 1)”, cita a nota.

A Cisco do Brasil faz parte da área de mercados emergentes, responsável por 10% de seu faturamento global, que neste ano está estimado em US$ 35 bilhões.

Apesar de a PF ter fechado os escritórios da empresa em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Cisco diz no comunicado que “os negócios permanecem em andamento na região através destes parceiros”.

O informe diz ainda que "os princípios fundamentais da Cisco incluem o cumprimento das leis e regulamentações de todos os países nos quais opera”. “No momento, nós estamos apurando os fatos para estabelecer o quê realmente aconteceu no Brasil e determinar como esta investigação envolve a Cisco. Nós estamos cooperando totalmente com as autoridades brasileiras”, continua o comunicado, que não é assinado por nenhum executivo da companhia. Da Redação

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