da Folha Online
Todos os 3.200 trabalhadores da mina Elandsrand, em Carletonville, na África do Sul, foram retirados do local nesta quinta-feira. O último grupo a sair da mina foi resgatado às 21h (17h em Brasília), segundo informações da Harmony Gold, companhia que explora as atividades no local.
O incidente ocorreu quando, por volta das 6h desta quarta-feira, uma falha no elevador principal da mina isolou cerca de 3.200 trabalhadores no subsolo.
A ministra das Minas e Energia, Buyelwa Sonjica, esteve entre os que dançaram e cantaram quando Mandis Mandanga, 57, o último mineiro, pisou na superfície.
"Eu estou muito feliz. Foi extraordinário trazer estas 3.200 pessoas". disse Sonjica, enquanto paramédicos tratavam Mandanga por exaustão e desidratação.
"Estava muito quente e estou cansado, mas está tudo bem", disse Mandanga.
Segurança
Ontem, após a notícia do incidente, o sindicato responsável expressou preocupação com a saúde dos homens em relação a se havia água e ar suficientes.
O acidente levantou alegações de que preocupações de segurança foram cortadas em nome do lucro pela companhia, que também foi criticada pelo governo.
Sonjica disse que ela e o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, souberam do incidente pelo noticiário da tarde de ontem. A administração da mina descobriu a falha no elevador por volta das 6h desta quarta-feira (2h em Brasília). As primeiras notícias sobre o evento foram anunciadas às 21h (17h em Brasília).
Sonjica afirmou durante uma visita à mina Elandsrand que a legislação para controle das minas será endurecida.
Mais de 200 mulheres estavam entre os que ficaram presos no interior da mina quando uma pane no elevador bloqueou a única saída que estava em uso. Após o resgate, a Harmony Gold anunciou que deve paralisar as operações na mina por seis semanas.
No ano passado, 199 mineiros morreram em acidentes na África do Sul, a maioria deles provocados por rochas que se soltaram, segundo relatório do Conselho de Segurança e Saúde nas Minas emitido em setembro. Um dos trabalhadores morreu em uma mina adjacente a Elandsrand.
"Nós temos de fazer esforços para focar em segurança neste país, nosso registro de segurança como companhia e indústria deixam a desejar", disse o executivo Patrice Motsepe, da Harmony, à Associated Press.
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