TERRORISMO
O governo turco pediu permissão do Parlamento para uma operação no norte do Iraque. Ameaça fez o petróleo subir
Istambul. O governo turco enviou ontem ao Parlamento um pedido de autorização para uma incursão militar no norte do Iraque, segundo declarou o vice-premiê Cemil Cicek. A votação do pedido de ação está prevista para esta semana, acrescentou.
Com essa ameaça, o petróleo bateu novo recorde ontem, fechando a US$ 86,13. No entanto, o vice-premiê enfatizou que seu país acredita que não será obrigado a recorrer a uma ação militar. O governo turco quer uma permissão do Parlamento, com um ano de validade, para que possa realizar uma operação no norte do Iraque, onde estima que se refugiaram 3.500 rebeldes separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Pressão interna
O PKK é considerado uma organização terrorista pela Turquia, pelos EUA e pela União Européia (UE). Forças armadas e o AKP (partido governista) do premiê Tayyip Erdogan sofrem pressão doméstica para atuar militarmente contra o PKK após uma série de ataques que mataram dezenas de soldados no sudoeste do país. Nos últimos dez dias, quase 30 pessoas - entre soldados e civis - foram mortos na região em ataques promovidos por membros do partido. Na última semana, nos funerais dos mártires - como são chamados na Turquia os soldados mortos em combate -foram organizadas manifestações contra o terrorismo exigindo do governo intervenção no norte do Iraque. Na sexta-feira passada, rebeldes separatistas curdos do PKK anunciaram que atravessarão a fronteira do norte do Iraque em direção à Turquia, depois que o governo de Ancara informou que estaria preparando uma ação militar contra insurgentes. ´A fonte desta guerra está no norte do Curdistão (leste da Turquia)´, diz a organização.
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