Da Efe, em Jerusalém
Dez organizações de direitos humanos israelenses e palestinas iniciaram um processo na Suprema Corte israelense contra os cortes no fornecimento de eletricidade e combustível à faixa de Gaza, medida que consideram um "castigo coletivo".
O assessor jurídico do Estado israelense, Menachem Mazuz, deve reunir-se hoje com altos comandantes do Exército israelense e funcionários do Ministério da Defesa para analisar a situação e os procedimentos adotados para reduzir o fornecimento de combustíveis a Gaza.
As medidas, que se iniciaram neste domingo, foram adotadas recentemente pelo governo israelense, em represália ao lançamento de foguetes Qassam de Gaza contra seu território.
O vice-presidente do Supremo israelense, Eliezer Rivlin, instruiu o Estado a responder ao processo interposto pelas organizações humanitárias em um prazo de cinco dias.
As organizações de direitos humanos exigem um requerimento que impeça o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do governo, Ehud Olmert, de suspender o fornecimento de combustível e eletricidade a Gaza, ao alegar que essa medida é ilegal e que sua aplicação colocaria em perigo civis inocentes.
As organizações afirmam que um milhão e meio de palestinos da faixa estão sendo punidos, e advertem do perigo que representa cortar a eletricidade em hospitais e casas.
"As conseqüências da interrupção do fornecimento de energia elétrica e de combustível não podem ser controladas ou preestabelecidas. A obstrução deliberada de infra-estruturas civis em Gaza é ilegal", alegam os litigantes em um comunicado, no qual lembram que a legislação internacional proíbe tais medidas.
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