Ancara, (EFE).- O vice-primeiro-ministro e porta-voz do Governo turco, Cemil Cicek, pediu hoje ao Iraque a extradição imediata de um grupo de membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) que se encontram em seu território.
"Demos uma lista de líderes do PKK e pedimos a ajuda do Iraque", declarou Cicek à rede de televisão "CNN Türk".
Cicek acrescentou que todos os militantes do PKK, como membros de uma organização terrorista, são "criminosos".
"Queremos que todos sejam entregues" para responder na Justiça pelos seus crimes, disse.
A entrega de membros do PKK é um dos pedidos-chave turcos para diminuir a tensão pelas atividades do PKK na região autônoma curda do norte do Iraque e evitar uma incursão do Exército turco no país.
Fontes de uma delegação iraquiana que se deslocou a Ancara para encontrar uma saída diplomática com as autoridades turcas tinham qualificado a primeira reunião desta manhã de "positiva", após ressaltar que há alguns consensos com a Turquia sobre como negociar com o PKK.
Após uma segunda rodada de contatos esta tarde, as conversas continuarão no sábado.
"As negociações avançam de forma muito positiva. Somos otimistas. Chegamos ao consenso sobre muitas questões", disse à imprensa Mohammed al-Askari, porta-voz do Ministério da Defesa iraquiano.
Desde domingo, o Exército turco, que tem 100 mil soldados na fronteira com o Iraque e continua enviando homens e equipamentos, bombardeia posições do PKK no norte do país, mas ainda não houve uma intervenção em grande escala.
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, de etnia curda, já tinha descartado a possibilidade de entregar membros do PKK. EFE
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