Por Hilary Burke
BUENOS AIRES (Reuters) - Os argentinos vão às urnas neste domingo para escolher um novo presidente, e a primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner é a favorita para suceder seu marido em uma rara passagem de poder democrática entre cônjuges.
Muitos argentinos acreditam que o presidente de centro-esquerda Néstor Kirchner tirou o país de uma crise econômica grave e usou o crescimento de 8 por cento ao ano para criar empregos, aumentar salários e expandir benefícios previdenciários.
Senadora veterana, Fernández atuou como a mais alta assessora de Kirchner durante sua Presidência de quatro anos. Os eleitores, cansados de altos e baixos, esperam que ela sustente a bonança que ele administrou, mesmo que a alta da inflação e a crise energética sejam motivo de preocupação.
"Voto em Cristina Kirchner para aprofundar as mudanças que começaram em 2003 e que serviram claramente à maioria do povo, e para que passemos a uma verdadeira etapa de dignidade", disse Luciano Alvarez, assistente social de 33 anos.
Se ganhar, Fernández será a primeira mulher eleita presidente na história da Argentina.
Ela conseguirá escapar de um segundo turno se conquistar pelo menos 45 por cento dos votos no domingo, ou mais de 40 por cento com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o adversário mais próximo.
Pesquisas recentes mostram Cristina com entre 39,5 por cento e 49,4 por cento dos votos. A ex-deputada e militante contra a corrupção Elisa Carrió está atrás, com entre 17 e 23,5 por cento das intenções de voto. Roberto Lavagna, ministro da Economia de Kirchner até o final de 2005, aparece em terceiro lugar, com entre 10 e 19 por cento.
os três candidatos são de centro-esquerda, mostrando que a maioria dos argentinos rejeitam as políticas de livre mercado dos anos de 1990, consideradas responsáveis pelo colapso econômico de 2001-2002.
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