quinta-feira, 7 de junho de 2007

Fatah al-Islam ameaça estender confrontos no Líbano

Alerta
Os integrantes do grupo Fatah al-Islam ameaçaram nesta quinta-feira levar a batalha para fora do campo de Nahr al-Bared, no norte do Líbano, onde o exército bombardeou suas posições pelo décimo nono dia consecutivo para obrigá-los a se render, num dia em que um atentado ao norte de Beirute matou um civil libanês.

O confronto, que prossegue sem o menor sinal de uma rápida solução, se agrava com atentados espalhados por todo o território de Líbano. O último deles foi nesta quinta-feira à noite numa zona industrial ao norte de Beirute, em que morreu um libanês e três operários sírios ficaram feridos, segundo a polícia. "Atacaremos fora do campo" se o exército continuar "seus bombardeios destruidores", declarou o porta-voz do Fatah al-Islam, Chahine Chahine.

"A maioria dos (combatentes procurados) pelo exército caíram como mártires na linha de frente, ou foram feridos. Muito poucos deles participam ainda dos combates", disse. O exército libanês exige a rendição dos islâmicos, principalmente os envolvidos na morte em 20 de maio de 27 soldados em suas posições em torno de Nahr al-Bared ou de passagem pela região.

Vários mediadores, entre eles, ulemás palestinos e libaneses, entraram no final da tarde em Nahr al-Bared para continuar as negociações iniciadas há uma semana, mas que, até o momento, não estão dando frutos.

Segundo o movimento palestino Fatah, que apóia o exército libanês, alguns jovens palestinos do campo de refugiados que, por um tempo, se uniram aos islâmicos do Fatah al-Islam deixaram o combate nos últimos dias.

O grupo Fatah al-Islam, que teve seu líder, Chaker Abssi, condenado à morte por participar na Jordânia do assassinato de um diplomata americano, contabilizava no início dos combates cerca de 250 membros de diversos países árabes. Segundo o Fatah, só 75 islâmicos seguem combatendo.

Os islâmicos do Fatah al-Islam afirmaram recentemente que se negavam a se render e que combateriam "até a última gota de sangue". O grupo havia igualmente ameaçado levar a guerra para fora do campo de refugiados.

Fonte: Diário do Grande ABC

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