Presidente de Conselho de Ética do Senado não consegue definir novo relator.Senador Sibá Machado (PT-AC) entregou a colegas perícia sobre documentos de Renan.
LEANDRO COLON
Do G1, em Brasília
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), confirmou para as 13h30 desta quarta-feira (20) a reunião para votação do relatório que pede o arquivamento do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Renan é acusado de receber ajuda de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos.
Sibá, porém, terminou o dia sem um novo relator para o processo, depois do pedido de licença da função do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), autor do relatório favorável a Renan.
Segundo a assessoria de Sibá, alguns senadores foram consultados e ficaram de dar a resposta somente nesta quarta. Desde segunda-feira (18), pelo menos três senadores consultados por Sibá recusaram a função: Valter Pereira (PMDB-MS), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Augusto Botelho (PT-RR).
Pelo regimento, esse relator não pode alterar a conclusão de Cafeteira. Cumpriria apenas a posição burocrática de ocupar o seu lugar na votação.
"Já temos um relatório apresentado. Não pode ser alterado. Esse novo relator deve apresentar os resultados da perícia e fazer uma avaliação e os membros do Conselho de Ética vão se orientar para aprovar ou não o relatório de Cafeteira", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES).
Perícia
O presidente do conselho ficou reunido por mais de duas horas com peritos da Polícia Federal. A PF entregou a ele a perícia feita nos documentos apresentados por Renan que comprovariam rendimentos agropecuários suficientes para pagar a pensão à jornalista.
Sibá não quis revelar o conteúdo da perícia. Ele ficou de entregar essa análise em caráter sigiloso a todos os integrantes do Conselho de Ética.
Aliados de Renan aguardavam a perícia para tomar uma decisão sobre a votação dentro do conselho.
Pelo menos três senadores próximos de Renan ainda não garantiram voto a seu favor: Eduardo Suplicy (PT-SP), Renato Casagrande e Augusto Botelho (PT-RR).
Os três querem ler o resultado da perícia antes de decidir o voto. O placar, por enquanto, não está garantido para o presidente do Senado.
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