Em novas imagens, Johnston aparece usando cinto com explosivos
Família de Johnston expressa angústia com último vídeo do jornalista da BBC raptado
Efe e Reuters
LONDRES - O correspondente da BBC em Gaza Alan Johnston apareceu em um novo vídeo publicado na Internet no domingo, 24, usando o que dizia ser um cinto explosivo, em que afirmava que os seqüestradores poderiam detoná-lo se utilizarem de força para libertá-lo.
A família de Johnston expressou nesta segunda-feira sua preocupação e angústia com a divulgação do último vídeo no qual o jornalista da BBC é mostrado, enquanto o Ministério de Relações Exteriores britânico pediu sua libertação.
Johnston, seqüestrado em Gaza em 12 de março, apareceu na noite de domingo em um novo vídeo divulgado pela Internet. Ele diz que "a situação é agora muito grave" e que os seqüestradores estão dispostos a detonar o cinto com explosivos "à menor tentativa de atacar este lugar".
Em comunicado divulgado nesta segunda, Graham Johnston, pai do correspondente, declarou que a família está "muito preocupada e angustiada" com o último vídeo, pedindo aos seqüestradores que soltem o filho.
Enquanto isso, uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores reiterou o pedido para que o repórter seja libertado e condenou o vídeo.
A situação "só acrescenta angústia à família e aos amigos de Alan, que não o viram em mais de 14 semanas. Os seqüestradores deveriam libertá-lo", disse.
A porta-voz acrescentou que "estamos em estreito contato com a família de Alan e a BBC, assim como com as pessoas relevantes nos territórios palestinos".
Uma representante da rede BBC disse que a divulgação do último vídeo está sendo investigada. "É muito angustiante para a família e os colegas vê-lo ameaçado desta maneira. Pedimos a quem mantém Alan refém que evite machucá-lo e o liberte imediatamente", acrescentou.
Os seqüestradores exigem a liberdade dos muçulmanos presos no Reino Unido em troca de Johnston. Particularmente, pedem a soltura do religioso Abu Qatada, considerado o "embaixador" na Europa de Osama bin Laden.
Um grupo conhecido como Exército do Islã assumiu a autoria do seqüestro. Este é o segundo vídeo que os seqüestradores divulgam com a imagem de Johnston. No primeiro, no dia 1º de junho, o repórter afirmava que tinha sido bem tratado.
O jornalista é chefe da sucursal BBC na Faixa de Gaza, onde trabalha há três anos. Johnston viajava em um carro alugado pela BBC por uma rua do centro de Gaza quando foi capturado por quatro encapuzados.
Tanto a Autoridade Nacional Palestina, quanto as forças de segurança e o grupo islâmico Hamas condenaram o fato e exigiram dos seqüestradores a libertação de Johnston.
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