sexta-feira, 15 de junho de 2007

Lula quer mais plataformas feitas no RJ para garantir empregos

Por Pedro Fonseca






ANGRA DOS REIS, Rio de Janeiro (Reuters) - Na cerimônia de batismo da plataforma P-52 da Petrobras, a primeira construída no país após os critérios de nacionalização, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a construção da P-56, futura plataforma da Petrobras, também em Angra dos Reis.






Diante de uma platéia de funcionários do estaleiro Brasfels, responsável pela construção da P-52 e da P-51, que está em estágio de conclusão, Lula pediu ao presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que a próxima plataforma também seja construída no local para garantir continuidade de emprego aos cerca de 5 mil funcionários envolvidos diretamente na obra.






"Queremos que a Petrobras negocie com a seriedade de sempre, mas nós precisamos, mais do que queremos, que a P-56 seja feita aqui", disse Lula, arrancando aplausos do público. "Como o presidente Gabrielli sempre diz, a Petrobras é uma empresa com ações na Bolsa de Nova York. Então, só posso pedir que (a plataforma) seja feita aqui para que todos vocês tenham tranquilidade para trabalhar. Zé, nós precisamos que essa peãozada não seja mandada embora", completou, dirigindo-se diretamente ao presidente da Petrobras.







Em discurso anterior ao do presidente, Gabrielli sinalizou a intenção da Petrobras de chegar a um acordo para a construção da P-56 em Angra dos Reis.







"A Petrobras vai continuar crescendo. A P-51 está aí até o final do ano e estamos negociando para construir a P-56 também aqui no estaleiro", disse Gabrielli.







Informações da Petrobras dão conta de que as negociações da empresa com o estaleiro estão em estágio avançado e devem ser concluídas em 30 dias.






Ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, madrinha da plataforma, Lula batizou a P-52 ao acionar um dispositivo eletrônico que estourou uma garrafa presa junto ao nome da Petrobras, no alto da embarcação.







A P-52 teve 76 por cento de conteúdo nacional em sua construção e foi a primeira que atendeu o índice de nacionalização instituído para reativar a indústria naval brasileira.







A unidade custou 1,1 bilhão de dólares e deve começar a operar em setembro, com capacidade de produção de 180 mil barris de petróleo por dia.

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