sexta-feira, 22 de junho de 2007

Iraque: Redução das tropas americanas possível em 2008



Segundo general dos EUA





Um camião-bomba conduzido por um motorista suicida explodiu, esta manhã, numa ponte sobre o Rio Tigre, em Bagdade. A explosão matou oito pessoas e feriu outras vinte. Alguns veículos cairam ao rio. A ponte, um importante meio de ligação em Bagdade, ficou destruída.







O número dois do contingente norte-americano no Iraque, general Raymond Odierno, admitiu esta sexta-feira que será possível começar a reduzir o número de militares dos Estados Unidos no país no início de 2008, se as forças iraquianas estiverem prontas, avança a agência «Lusa».






«Se me perguntarem hoje, penso que até à Primavera, ou mesmo antes, elas (as forças de segurança iraquianas) estarão prontas para assumir mais responsabilidades, o que quer dizer que, potencialmente, poderemos tomar a decisão de reduzir as nossas forças», disse o general Odierno, numa teleconferência a partir do Iraque.






«Se me perguntarem hoje que confiança tenho no nosso êxito aqui, direi que há um bom potencial», acrescentou.






Os Estados Unidos têm actualmente cerca de 156 mil tropas no Iraque.






Odierno garantiu, entretanto, que o exército norte-americano não estava a fornecer armas a insurrectos para que combatessem a Al-Qaida, apesar de ter estabelecido contactos com alguns grupos.






«Quero que isto fique claro. Não armamos estes grupos. Armámos guardas de segurança de um presidente de câmara porque ele estava ameaçado, mas, além disso, não demos armas a grupos de insurrectos», afirmou o general Odierno.






Sublinhou que, de qualquer forma, os insurrectos não tinham necessidade dos norte-americanos para obter armas, mas que a sua estratégia era que essas armas servissem para lutar contra a Al-Qaeda.






«Têm muitas armas. E desejo que essas armas sejam utilizadas contra a Al-Qaeda e não contra as forças da coligação e as forças de segurança iraquianas», afirmou.






Em finais de Maio, Odierno indicara que decorriam contactos informais no terreno entre oficiais norte-americanos e insurrectos visando combater a Al-Qaida e que desejava aumentar estes contactos para facilitar a reconciliação nacional no Iraque.






Calculou em 80 por cento os insurrectos que estariam dispostos a participar nessa reconciliação, quer do exército do Mahdi do chefe radical xiita Moqtada Sadr, quer de grupos sunitas.

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