Do CorreioWeb
A greve dos funcionários administrativos da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira, já prejudica o serviço de emissão de passaporte no Distrito Federal. Dos 13 funcionários que atendem no da PF em Brasília, apenas dois estão de plantão no local. Diariamente, pelo menos 300 pessoas procuram o atendimento no posto da PF no Aeroporto de Brasília. O sindicato da categoria explica que passaportes já prontos são entregues normalmente. Os passageiros não podem, no entanto, entrar com pedido de requisição para novos documentos.
De acordo com a diretora de Assistência Social do Sindicato Nacional do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpec/PF), Pauleana Martins, 80 pessoas que comparecem no posto esta manhã foram obrigadas a retornar sem o serviço. A diretora explica que apenas casos urgentes são atendidos. “Priorizamos os casos de viagem por doença, morte ou quando as passagens já estão compradas e não há alternativa”, explica Pauleana.
Apesar de declarada a greve, as paralisações são intermitentes. A interrupção atual dos serviços deve durar até quinta-feira e recomeçar na próxima terça. Quem quer protocolar pedido para emissão de passaporte terá apenas a próxima sexta e segunda-feira para realizar o serviço.
Outros serviços
A greve dos servidores da PF não prejudica apenas quem precisa de passaporte. Os serviços de registro de porte de arma, controle de produtos químicos e até investigação são comprometidos com a paralisação. A principal preocupação, no entanto, é com os jogos Pan-americanos, que começam no próximo dia 13. Os funcionários administrativos da PF são responsáveis pela logística durante os jogos.
Reivindicações
São cerca de 3.100 funcionários de todo o país em greve. Eles reivindicam a reestruturação do Plano Especial de Cargos dos Servidores. Na prática, a reestruturação aumentaria em 28% o salário, que hoje é em torno de R$ 2 mil. Os servidores também querem o fim do desvio de função e das contratações terceirizadas na Polícia Federal. “O plano também engloba isso, já que hoje convivemos com essas duas práticas no órgão”, explica a diretora.
No último dia 6, a categoria já havia feito uma paralisação de 48 horas para pressionar o governo. De acordo com o sindicato, em setembro, o Executivo Federal deve editar uma Medida Provisória (MP) que beneficia os policiais federais. Os administrativos, no entanto, não estão inseridos na proposta. “Esperamos reverter este quadro até lá”, explica a diretora.
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