sábado, 23 de junho de 2007

Guantanamo: presos publicam livro de poemas


Editora teve de apresentar cada linha ao Pentagono






Tessalónica, Grécia (Pavlos Makridis/EPA/Lusa)






Uma colecção quase clandestina de poemas escritos por prisioneiros da base militar americana de Guantanamo será lançada até o fim do ano por uma editora dos Estados Unidos, informam as agências internacionais. «Poems from Guantanamos: The Detainees Speak» (Poemas de Guantanamo: Falam os Prisioneiros) já pode ser encomendado no site da Universidade de Iowa Press.






Os organizadores da colecção informam que os 22 poemas dos 17 autores foram inicialmente «escritos em pasta de dente», expressando o que chamam de «forma mais básica de arte». Um comunicado da editora diz que «cada linha teve de ser submetida ao escrutínio do Pentágono» antes de ser publicada.






Num poema, um prisioneiro de 33 anos que está em Guantanamo há mais de cinco, escreve: «Pega o meu sangue/ Pega a minha mortalha e/ Os restos do meu corpo (. . .) Mostre-os ao mundo».






O livro deve chamar à atenção para a situação dos presos em Guantanamo, muitos detidos sem julgamento e «em centenas de casos, presos em circunstâncias questionáveis».

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