sábado, 9 de junho de 2007

Para Bernardinho, Coréia do Sul não é parâmetro

Vôlei/Liga Mundial
Carolina Canossa, especial para a GE.Net
São Paulo (SP) - Mesmo com as duas fáceis vitórias em São Paulo sobre a Coréia do Sul, nesta sexta e sábado, o técnico Bernardinho revelou ter pouco evoluído para resolver suas dúvidas sobre o real rendimento do time misto com o qual a seleção brasileira masculina de vôlei tem atuado. Ele também destacou que os dois resultados não podem iludir a torcida.

“Embora eu respeite muito a Coréia, este foi um teste com parâmetros relativos. Não foi um grande teste, onde você pode avaliar a sua equipe e tomar decisões”, comentou o treinador, que fez diversos experimentos durante o duelo contra os sul-coreanos.

Entre as modificações que ele fez no Ibirapuera, Samuel foi testado como ponteiro, enquanto Thiago Alves atuou em alguns lances como oposto. Os levantadores Marcelinho e Bruninho também dividiram o tempo em quadra, enquanto Murilo, Nalbert e Roberto Minuzzi tiveram oportunidade de mostrar trabalho. Os jogadores considerados titulares na seleção estão sendo poupados para chegar ao auge nas finais da Liga e nos Jogos Pan-americanos.

O treinador, na verdade, não vai ter chance de colocar essa equipe mista em uma 'foguqira' durante a fase classificatória, já que o grupo A, do Brasil, conta com adversários tecnicamente fracos: além da Coréia do Sul, Finlândia e Canadá enfrentam o Brasil nesta fase. Não enfrentar grandes adversários na fase preliminar da Liga, aliás, é uma constante nas últimas edições da competição.

Bernardinho, porém, garante que não vê nisso um grande problema. “Não tivemos chaves tão duras nestes últimos anos, mas conseguimos crescer e chegar relativamente bem na final, tanto que ganhamos cinco títulos e ficamos com um segundo lugar. A gente pode ir em uma crescente”, destacou o treinador, que ponderou com uma outra características peculiar do grupo A. “Nenhuma chave do ponto de vista geográfico é tão difícil quanto a nossa, pois temos que ir América do Norte, Europa e Ásia e lidar com os fuso horários”, lembrou.

A comissão-técnica, inclusive, tem um planejamento para evitar que o time nacional seja surpreendido com o alto nível dos rivais na fase final da Liga Mundial. “Esse é um time que conhece bem as equipes de alto nível do mundo e sabe que não vai ser fácil. Se não é uma chave tão dura, é a oportunidade de a gente trabalhar durante as viagens, entre as partidas. Se fosse um jogo muito duro na sexta (quando o Brasil venceu a Coréia do Sul por 3 sets a 0), a gente não treinaria à tarde, como fizemos”, explicou o treinador.

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